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sábado, 28 de junho de 2008

Moonspell - Review


São 19 anos, 9 álbuns e 2 EPs que formam uma banda portuguesa com sucesso um pouco por todo o mundo, e isso não é algo que se vê todos os dias. Moonspell é já uma banda com reputação meritória de respeito! É impossível mencionar gothik, death ou até doom metal, sem mencionar Moonspell. Eles estão na história do metal mundial, voltando os olhos do mundo para este pequeno país ‘à beira mar plantado’.

Formados inicialmente como Morbid God, em 1989, na Grande Lisboa (Brandoa, mais exactamente) o nome foi trocado para Moonspell em 1992, representando uma maior maturidade para a banda ainda jovem. Nesse mesmo ano, gravaram a primeira demo, Serpent Angel, mas ainda como Morbid God.

Após algumas mudanças nos membros da banda, em 1993, os Moonspell gravaram a demo Anno Satanae, garantindo o seu contracto com a editora francesa Adipocere, na qual lançaram um mini-cd cujo nome seria Under the Moonspell. Todo o seu trabalho até então foi mais dedicado à ‘zona’ do metal conhecida por black metal.

Passados 2 anos, em 1995, já na Century Media, lançaram o seu primeiro CD, Wolfheart. Quebrando o seu anterior estilo de black metal, este álbum apresenta um estilo à imagem do gothik metal, sem dispensar a influência quer do folk, quer do black metal. Este CD foi um sucesso, lançando os Moonspell definitivamente para a cena do metal internacional, elevando o metal português a um nível completamente diferente do que se fazia ouvir.

Um ano depois regressam com o seu Irreligious, mais melancólico mas mantendo a atmosfera gótica, tem ao mesmo tempo uma linha angélica, e uma linha mais ‘death’. A música Opium continua a ser uma das músicas mais conhecidas dos Moonspell, tendo sido inspirada no poema Opiário de Álvaro de Campos (heterónimo de Fernando Pessoa (mas isto toda a gente sabia, certo?)).


Vivíamos o ano de 1998 quando Sin/Pecado foi lançando, no qual elementos electrónicos foram acrescentados ao som da banda, resultando num bonito trabalho experimental. Passado um ano, em 1999, outro álbum lhe seguiu as passadas, aprofundando a face experimental dos Moonspell. Esse álbum teve o nome de The Butterfly Effect.


Em 2001, regressando ao gothik metal com mais força que nos anteriores dois trabalhos, Darkness and Hope, foi muito aclamado pelos fãs, dada a sua atmosfera sedutoramente gótica e pesada.





Atirem mais lenha à fogueira e as consequências serão The Antidote. Lançado em 2003, é muito mais agressivo (agressivo, como quem diz, brutal e pesado), embora mantendo as características góticas, deixou muitos fãs em delírio, que o aclamaram como melhor álbum da banda.




Em 2006 saiu então, um novo ‘melhor álbum’. Memorial foi como lhe chamaram, e fez uma coisa que mais nenhum álbum de metal se atreveu a fazer à sua banda, em Portugal. Levou os Moonspell ao 1º lugar no top de vendas nacional! Muito mais hostil, obscuro, brutal e maduro que o anterior, a sonoridade é extrema, com aspectos de black metal, somados à linha gótica que nunca abandonou a banda. As músicas deste álbum são assim mesmo! Brutais e pesadas, mantendo a atmosfera gótica, sedutora e misteriosa.

Depois deste sucesso, os Moonspell ganharam o prémio de Best Portuguese Act dos MTV Europe Music Awards de 2006.



Composto da reedição de músicas anteriores ao Wolfheart, em 2007 os Moonspell lançam o Under Satanae. Muito brutal, amadurece e embeleza estas grandes 10 músicas pré-wolfheartianas, 100% black metal.




Em 2008, lançaram aquele que é chamado por muitos de melhor álbum (outro melhor álbum??). Dá-se pelo nome de Night Eternal e leva a combinação de gothik e black metal, que os Moonspell andam a desenvolver, um passo a frente. Intenso, brutal, obscuro, atmosférico e maduro, este é o mais recente trabalho da banda portuguesa com percurso mais notável!



Sobre a qualidade da banda, para não falar da imprevisibilidade e enorme capacidade de surpreender os fãs, muito pela positiva, podemos encontrar muitas opiniões. Há quem diga que apenas os álbuns mais recentes e mais maduros valem a pena. Outros preferem os primeiros êxitos, e dizem que depois dos dois primeiros álbuns se venderam completamente. Ainda outros dizem que apenas a fase experimental pela qual passaram é meritória de ser ouvida.

Eu acho-os todos muito radicalistas. Pertenço ao grupo de opinião que defende que todos os álbuns são bons. A qualidade e a variedade sempre foram constantes. Simplesmente os álbuns têm diferentes espíritos, diferentes atmosferas. Os Moonspell têm um percurso cheio de qualidade, variedade, talento e originalidade, o que simplesmente permite-nos escolher o que mais gostamos de entre os seus trabalhos. Não podemos dizer que não gostamos de Moonspell se só tivermos ouvido uma música, ou até um álbum. Há muito por onde escolher!



Elementos actuais da banda

* Fernando Ribeiro - Vocal (desde 1989)
* Mike Gaspar - Bateria (desde 1992)
* Pedro Paixão - Teclado e Guitarra (desde 1994)
* Ricardo Amorim - Guitarra (desde 1995)
* Aires Pereira - Baixo (desde 2004)


Discografia:

Demos

* Serpent Angel (1992) (Ainda como Morbid God)
* Anno Satanae (1993)

Singles & EPs


* Goat on Fire/Wolves from the Fog (1993)

* Under the Moonspell (1994)
* Opium (1996)

* 2econd Skin (1997)
* Everything Invaded (2004)
* Finisterra (2006)
* Luna (2006)

* Scorpion Flower (2008)

Álbums

* Wolfheart (1995)
* Irreligious (1996)
* Sin/Pecado (1998)
* The Butterfly Effect (1999)
* Darkness and Hope (2001)
* The Antidote (2003)
* Memorial (2006)
* Night Eternal (2008)

Projectos paralelos

* Daemonarch (serve para mostrar como soaria Moonspell sem o lado gótico a que se têm dedicado)

1 almas comentárias:

Anónimo disse...

Gostei bastante do teu post e concordo contigo quando dizes " A qualidade e a variedade sempre foram constantes. Simplesmente os álbuns têm diferentes espíritos, diferentes atmosferas. ".
E estou ansiosa para conhecer o novo cd que iram lançar em 2011 .